sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Vasos Quebrados



Vasos quebrados

Sempre observado mesmo estático e perdido
Solitário impossível, quase sempre junto com os amigos.

Depende da imagem que verei no meu espelho
Quebrado, estilhaçado e mesmo assim intacto.

Oportunidades bem vindas, sabedoria para distinguir.
Fardos pesados, influências de um presente passado.

Às vezes meio estático observado e achado.
Relatividade é uma cortina de fumaça, tragada e pressionada como se fosse à paz exata, erro.

Seremos nós mesmos quando nos acharmos
Sem mais vasos quebrados, quando nos acharmos.

Nunca se sabe quando colocamos como meta um tempo
Certo tempo

Em uma busca pessoal, socializo a minha mente sempre presente.
Em um futuro aproximado.

De vez em sempre,
Um passo para trás e doze para frente

Levo na paz os pensamentos e em volta a neblina,
Da mesma nuvem de fumaça

Série 9 meses

terça-feira, 30 de julho de 2013

Garras de coragem


Garras de piedade
Encravadas no pescoço
Jugular jorrando sangue
Com gosto de paz


Sem dor de mágoas
Satisfação, falsa identidade
Quem nasce para isso
O sistema nos transforma e nos permitimos a isso


Seremos adequados ao sistema
Naturalmente viveremos essa vida
Se nos permitirmos
Essa é a real dificuldade, mudar


Mudaremos os hábitos
E aonde encontrar a mesma satisfação
O mesmo amor
Violência direcionada


Nunca demonstrar falsa compaixão
Goste ou não goste
Seremos claros
A vida de covarde é passado não vivido


Serenidade _ o que buscar
Coragem _ ainda hoje eu tenho
Sabedoria _equilíbrio


Sentimentos cruéis, graças ao convívio
Se não fosse assim
Qual a melhora
Melhore sua vida


Ritmo traçado; sem olhar para trás
Talvez só para lembrar
Lembrar quem fomos
Lembrar quem somos


Cérebro ainda esburacado, danificado
Uso abusivo
Noção de certo errado
Existentes e confusas


Direcionando a mesma violência
Demonstrando a mesma falsa compaixão
Sem ser tão claro
O covarde próximo


Nunca mais
Só por hoje, vivo
Nunca mais,
Só por hoje vivo de verdade

série 9 meses

domingo, 28 de julho de 2013

Nove meses



Nove meses
Um dia após o outro
Da esquerda para a direita
Vejo o presente no futuro
Dopado naturalmente


A situação, nos deixa entorpecido
Tanto por ter que buscar a paz,
A serenidade relaxa
Raiva é um efeito inverso que tenho evitado


Não tem como evitar um sentimento sincero
Os meios de se chegar a ela
Isso sim, vou evitar
Estarei evitando


Volto-me a ela e
Assim que consigo evitar
Serenidade
Já me deixava saudade


Mas por pouco
Ouso-me a desfazer dela
Não por querer
E sim por acontecer

Culpas e ensaios chegam a doer
Dor física e sincera
Armadilha que faço na minha própria vida
Arapuca da minha caminhada


Acordo e olho
Faço do presente o futuro
Erro e medito
Não irá acontecer


Trancado, ainda é fácil
Mas só me fortalece
Cada situação dentro de nove meses.


série 9 meses

sábado, 27 de julho de 2013

Sidarta


“Acumulei dinheiro, esbanjei dinheiro, habituei-me a adorar o meu estômago e adular os meus sentidos. Era preciso que eu vivesse assim por longos anos, sacrificando o meu espírito, esquecendo a arte de pensar, esquecendo a unidade. Não parece de fato que lentamente, trilhando estrada sinuosa, transformei-me de um homen numa criança e de um filósofo num tolo? E, todavia, acho que esses desvios me fizeram um grande bem. O pássaro que antigamente cantava no meu peito não morreu ainda. Mas que jornada extraordinária, careci passar por tamanha insensatez, por tantos vícios e erros, por um sem números de desgostos, desilusões tristezas, só para voltar a ser criança e para começar de novo. E apesar de tudo isso, fiz bem agindo dessa forma. Meu coração esta de acordo e meus olhos enxergam aquilo com prazer. Coube-me em sorte o pior desespero. Foi necessário que me degradasse até ao mais estúpido de todos os propósitos e pensasse no suicídio, para que me acontecesse à graça, para que eu ouvisse o “OM” para que eu fosse dado dormir com calma e acordar e refeito. Tive de pecar, para que pudesse tornar a viver. Aonde me levará agora o meu destino? Meu caminho parece louco, faz curvas, talvez me conduza num círculo fechado. Seja como for, vou segui-lo”.
Sidarta
série 9 meses

terça-feira, 23 de julho de 2013

Tempo que falta


Tempo que falta
Falta Tempo,
Não passa, na verdade embaraça Na mentira é como um raio Sempre rápido, sempre na hora, tudo na hora Um costume adequado é providencial, esperar e olhar, uma forte zona de conforto que mesmo pelo nome me incomoda.
Tempo, tempo, não me passa no pensamento o que te faz passar a não ser quando estico o pulso e conto com a pressão, rápido, alta, baixa e lenta. Não me entenda, quem? Eu mesmo, porque quando eu penso no que me vêm à frente, ou seja, o futuro ou o passar rápido do relógio, me perco no que eu estaria fazendo, mesmo com o objetivo traçado, talvez o medo do que poderá acontecer e a culpa do que já aconteceu.
E eu achando que já estava controlando o tempo neste parágrafo, que nada, o tempo passou e ainda não escrevi quase nada do que realmente importava,... o tempo de espera, aguardar e receber isso é meu, eu controlo, claro que não, então com o programar se amanhã pode chegar o acaso, viver só por hoje é meu tempo.


série 9 meses

Uma série chamada nove meses.

Nove meses de luta renderam poesias de quem às vezes acha que é poeta e que na verdade chegou a ser em alguns momentos. Momentos que na maioria das vezes se tornaram difíceis por falta de entendimentos mas o tempo passa e a cabeça esfria, nove meses de revolução pessoal e a vida toda ainda só por hoje para continuar evoluindo.