terça-feira, 30 de julho de 2013

Garras de coragem


Garras de piedade
Encravadas no pescoço
Jugular jorrando sangue
Com gosto de paz


Sem dor de mágoas
Satisfação, falsa identidade
Quem nasce para isso
O sistema nos transforma e nos permitimos a isso


Seremos adequados ao sistema
Naturalmente viveremos essa vida
Se nos permitirmos
Essa é a real dificuldade, mudar


Mudaremos os hábitos
E aonde encontrar a mesma satisfação
O mesmo amor
Violência direcionada


Nunca demonstrar falsa compaixão
Goste ou não goste
Seremos claros
A vida de covarde é passado não vivido


Serenidade _ o que buscar
Coragem _ ainda hoje eu tenho
Sabedoria _equilíbrio


Sentimentos cruéis, graças ao convívio
Se não fosse assim
Qual a melhora
Melhore sua vida


Ritmo traçado; sem olhar para trás
Talvez só para lembrar
Lembrar quem fomos
Lembrar quem somos


Cérebro ainda esburacado, danificado
Uso abusivo
Noção de certo errado
Existentes e confusas


Direcionando a mesma violência
Demonstrando a mesma falsa compaixão
Sem ser tão claro
O covarde próximo


Nunca mais
Só por hoje, vivo
Nunca mais,
Só por hoje vivo de verdade

série 9 meses

domingo, 28 de julho de 2013

Nove meses



Nove meses
Um dia após o outro
Da esquerda para a direita
Vejo o presente no futuro
Dopado naturalmente


A situação, nos deixa entorpecido
Tanto por ter que buscar a paz,
A serenidade relaxa
Raiva é um efeito inverso que tenho evitado


Não tem como evitar um sentimento sincero
Os meios de se chegar a ela
Isso sim, vou evitar
Estarei evitando


Volto-me a ela e
Assim que consigo evitar
Serenidade
Já me deixava saudade


Mas por pouco
Ouso-me a desfazer dela
Não por querer
E sim por acontecer

Culpas e ensaios chegam a doer
Dor física e sincera
Armadilha que faço na minha própria vida
Arapuca da minha caminhada


Acordo e olho
Faço do presente o futuro
Erro e medito
Não irá acontecer


Trancado, ainda é fácil
Mas só me fortalece
Cada situação dentro de nove meses.


série 9 meses

sábado, 27 de julho de 2013

Sidarta


“Acumulei dinheiro, esbanjei dinheiro, habituei-me a adorar o meu estômago e adular os meus sentidos. Era preciso que eu vivesse assim por longos anos, sacrificando o meu espírito, esquecendo a arte de pensar, esquecendo a unidade. Não parece de fato que lentamente, trilhando estrada sinuosa, transformei-me de um homen numa criança e de um filósofo num tolo? E, todavia, acho que esses desvios me fizeram um grande bem. O pássaro que antigamente cantava no meu peito não morreu ainda. Mas que jornada extraordinária, careci passar por tamanha insensatez, por tantos vícios e erros, por um sem números de desgostos, desilusões tristezas, só para voltar a ser criança e para começar de novo. E apesar de tudo isso, fiz bem agindo dessa forma. Meu coração esta de acordo e meus olhos enxergam aquilo com prazer. Coube-me em sorte o pior desespero. Foi necessário que me degradasse até ao mais estúpido de todos os propósitos e pensasse no suicídio, para que me acontecesse à graça, para que eu ouvisse o “OM” para que eu fosse dado dormir com calma e acordar e refeito. Tive de pecar, para que pudesse tornar a viver. Aonde me levará agora o meu destino? Meu caminho parece louco, faz curvas, talvez me conduza num círculo fechado. Seja como for, vou segui-lo”.
Sidarta
série 9 meses

terça-feira, 23 de julho de 2013

Tempo que falta


Tempo que falta
Falta Tempo,
Não passa, na verdade embaraça Na mentira é como um raio Sempre rápido, sempre na hora, tudo na hora Um costume adequado é providencial, esperar e olhar, uma forte zona de conforto que mesmo pelo nome me incomoda.
Tempo, tempo, não me passa no pensamento o que te faz passar a não ser quando estico o pulso e conto com a pressão, rápido, alta, baixa e lenta. Não me entenda, quem? Eu mesmo, porque quando eu penso no que me vêm à frente, ou seja, o futuro ou o passar rápido do relógio, me perco no que eu estaria fazendo, mesmo com o objetivo traçado, talvez o medo do que poderá acontecer e a culpa do que já aconteceu.
E eu achando que já estava controlando o tempo neste parágrafo, que nada, o tempo passou e ainda não escrevi quase nada do que realmente importava,... o tempo de espera, aguardar e receber isso é meu, eu controlo, claro que não, então com o programar se amanhã pode chegar o acaso, viver só por hoje é meu tempo.


série 9 meses

Uma série chamada nove meses.

Nove meses de luta renderam poesias de quem às vezes acha que é poeta e que na verdade chegou a ser em alguns momentos. Momentos que na maioria das vezes se tornaram difíceis por falta de entendimentos mas o tempo passa e a cabeça esfria, nove meses de revolução pessoal e a vida toda ainda só por hoje para continuar evoluindo.